A Apple adiou o lançamento de uma versão mais acessível do Vision Pro para além de 2027, segundo o analista de tecnologia Ming-Chi Kuo, conhecido por vazamentos confiáveis na cadeia de suprimentos da Apple. A expectativa de que o Vision Pro ganharia uma versão de menor custo em 2025 se enfraqueceu diante dessa notícia. Em vez disso, a Apple planeja lançar em 2025 uma versão atualizada do Vision Pro, equipada com o chip M5, fortalecendo sua posição de dispositivo de alta performance e exclusivo para entusiastas e desenvolvedores. Este movimento mostra que a empresa continua apostando no Vision Pro como um produto premium, focado em tecnologia de ponta, e voltado ao público de adoção inicial.
Tim Cook, CEO da Apple, deixou claro que o Vision Pro não é pensado para o mercado de massa, mas sim para um público disposto a investir em tecnologia de última geração. Enquanto isso, o mercado de realidade estendida (XR) evolui rapidamente, com empresas como Meta e Google avançando em estratégias e lançamentos que podem moldar o futuro do setor. A Meta lançou o Quest 3S, um headset de realidade mista de $300, e está investindo na criação de uma plataforma XR aberta. Google e Samsung, por sua vez, parecem próximos de lançar um headset competitivo. Em um cenário tão dinâmico, o alto preço do Vision Pro e o adiamento de uma versão mais acessível levantam questionamentos sobre a capacidade da Apple de competir no mercado XR. Será que a Apple está preparada para um segmento em que preço acessível e ampla adoção são decisivos?
O Vision Pro foi anunciado como um dispositivo revolucionário, integrando realidade aumentada e realidade virtual em um só headset. No entanto, seu preço elevado, de $3.500, limitou o alcance do dispositivo, voltando-o para um público exclusivo. A versão acessível, planejada para ampliar o público do Vision Pro, era vista como uma possível ponte para popularizar a tecnologia da Apple no mercado de XR. Contudo, Ming-Chi Kuo agora afirma que essa versão mais barata não deve chegar antes de 2027, colocando em dúvida a estratégia da empresa para tornar o Vision Pro mais atrativo para consumidores e desenvolvedores.
Kuo sugere que o alto custo do Vision Pro limita as possibilidades de um mercado de massa, assim como ocorreu com o HomePod, onde o lançamento do HomePod mini não conseguiu impulsionar as vendas como esperado. Com o atraso da versão acessível do Vision Pro, a Apple pode estar focando no aperfeiçoamento de seu hardware, o que sinaliza uma busca contínua pela excelência tecnológica, mas talvez às custas da democratização de seus produtos XR.
Ao mesmo tempo, a Meta avança com o Quest 3S, que oferece uma experiência de realidade mista por apenas $300, além de trabalhar em uma plataforma XR aberta para desenvolvedores e fabricantes de dispositivos. Essa abordagem mais acessível e inclusiva para os desenvolvedores pode tornar a plataforma da Meta ainda mais atraente. O Google, por sua vez, prepara a infraestrutura para dar suporte a dispositivos XR no Google Play, possivelmente com o objetivo de lançar, junto com Samsung e Qualcomm, um headset que concorra diretamente com o Vision Pro.
A decisão da Apple de manter o Vision Pro em um nicho mais exclusivo parece atender ao público que busca a tecnologia mais avançada, mas isso também implica que o produto não está criando um ecossistema XR robusto. Sem uma base de consumidores ampla, a adesão de desenvolvedores à plataforma pode ser limitada, o que impacta o número de aplicativos e, consequentemente, a experiência do usuário.
A estratégia da Apple para manter o Vision Pro como um dispositivo de nicho pode isolar a empresa, enquanto concorrentes priorizam acessibilidade e ecossistemas inclusivos.
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