A Meta Reality Labs, divisão responsável por realidade virtual, aumentada e dispositivos vestíveis da Meta, registrou uma queda de 6% na receita no primeiro trimestre de 2025, arrecadando US$ 412 milhões, em comparação aos US$ 440 milhões no mesmo período de 2024. A principal causa, segundo a CFO Susan Li, foi a redução nas vendas do Meta Quest, parcialmente compensada pelo crescimento expressivo dos óculos Ray-Ban Meta AI, que triplicaram em vendas e quadruplicaram em número de usuários ativos.
Apesar da queda nas vendas, Mark Zuckerberg destacou um aumento no engajamento com os headsets, com crescimento de 30% no uso mensal. No entanto, o sucesso do Quest 3S no fim de 2024 — quando foi o console mais vendido da Amazon nos EUA — não se sustentou neste início de ano. Mesmo assim, o trimestre não foi o pior da história da divisão, que ainda está longe da lucratividade: foram US$ 4,6 bilhões em gastos contra apenas US$ 412 milhões em receita, resultando em um prejuízo de US$ 4,2 bilhões.
A trajetória da Reality Labs mostra o peso do investimento de longo prazo da Meta em XR. Embora o Quest 3S tenha gerado forte receita no último trimestre de 2024, o desempenho caiu no início de 2025. Ainda assim, a empresa registra sinais positivos: retenção de usuários maior no Quest 3 e um mercado em expansão para os óculos Ray-Ban Meta AI — cujo número de usuários ativos mensais quadruplicou.
Mesmo com os resultados financeiros negativos, a Meta segue apostando alto. Zuckerberg afirmou que a Reality Labs está agora mais eficiente, mas que continuará investindo fortemente em óculos inteligentes e tecnologias futuras, como o aguardado HUD controlado por pulseira neural sEMG.
As despesas da divisão são justificadas em parte por seu foco em P&D de tecnologias imaturas, especialmente realidade aumentada. Em 2022, mais da metade dos gastos da Reality Labs foi nesse setor. A CFO Susan Li já adiantou que as perdas devem aumentar em 2025, à medida que a Meta acelera o desenvolvimento e a ampliação da linha de produtos.
Novos lançamentos como os óculos Oakley Meta e dispositivos com HUD previsto para este ano serão um teste importante para a estratégia da Meta: manter a liderança no setor XR, mesmo que isso custe bilhões no curto prazo.
Apesar de bilhões em perdas trimestrais, a Meta insiste que os gastos com Reality Labs são investimentos de longo prazo. Será que essa visão justifica o prejuízo de US$ 4,2 bilhões?
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