A Meta revelou novos detalhes sobre os óculos de pesquisa Aria Gen 2, que, embora não sejam voltados ao consumidor final, oferecem um vislumbre das tecnologias que poderão alimentar a próxima geração de óculos de realidade aumentada (RA).
Com lançamento previsto para pesquisadores independentes em 2025, o Aria Gen 2 se destaca por trazer recursos avançados de visão computacional, sensores fisiológicos e aprendizado de máquina, tudo isso em um dispositivo que pesa menos de 80 gramas.
Apesar de não possuir uma tela, o Aria Gen 2 mapeia ambientes, rastreia o olhar e mede sinais como a frequência cardíaca, simulando o tipo de percepção sensorial e contextual que óculos de RA realmente usáveis no dia a dia precisarão ter.
O projeto é um passo importante no caminho da Meta para transformar óculos em plataformas de computação vestíveis, substituindo, eventualmente, os smartphones.
O Aria Gen 2 amplia as capacidades da versão anterior com quatro câmeras HDR de 120 dB, sobreposição estéreo de 80°, rastreio 6DOF, rastreamento ocular detalhado e sensores de mão 3D — tornando-o ideal para testes de percepção humana e interação em ambientes reais.
Além disso, sensores como microfone de contato nasal, sensor de luz ambiente e monitor cardíaco PPG ajudam a capturar dados ricos sobre o comportamento do usuário e o contexto em que ele está inserido.
O coprocessador personalizado da Meta permite percepção de máquina em tempo real, algo essencial para RA sem comprometer o desempenho. A tecnologia SubGHz do dispositivo ainda permite sincronização de tempo sub-milissegundo entre vários dispositivos, viabilizando ambientes multiusuário.
Com apenas 74–76 g e oito tamanhos ajustáveis, o Aria Gen 2 se aproxima cada vez mais do conforto necessário para uso diário. A ausência de uma tela mostra que o foco atual ainda é pesquisa e desenvolvimento, mas os aprendizados obtidos devem influenciar diretamente projetos como os óculos Orion, esperados ainda nesta década.
A Meta apresentará demonstrações do Aria Gen 2 na CVPR 2025, evento técnico voltado à visão computacional que acontece de 11 a 15 de junho em Nashville.

Embora repleto de sensores e altamente capaz, o Aria Gen 2 não possui nenhuma tela — levantando questões sobre privacidade de dados e também sobre o ritmo real de avanços em RA voltada ao consumidor final.

Você usaria óculos inteligentes que rastreiam seu olhar, pulso e ambiente, mesmo sem uma tela? O futuro da RA pode começar sem displays visíveis.
Os Aria Gen 2 mostram que óculos de RA podem entender tanto o mundo quanto o próprio usuário. Mas até onde vai a linha entre conveniência e vigilância?
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