O Meta Quest 3S, nova versão do headset VR da Meta, foi desmontado pelo iFixit, revelando vários detalhes sobre seu design e a facilidade de reparo. Curiosamente, muitos componentes do Quest 2 foram reaproveitados no Quest 3S, o que traz vantagens para reparos, mas também levanta questões sobre os motivos por trás dessas escolhas. Será que o Quest 3S é realmente um sucessor melhorado ou apenas uma atualização do Quest 2? Vamos explorar as descobertas mais relevantes dessa desmontagem.
O engenheiro do iFixit, Shahram Mokhtari, desmontou o Meta Quest 3S e fez algumas descobertas interessantes sobre o design interno do dispositivo. De acordo com Mokhtari, grande parte dos componentes do Quest 3S são idênticos aos do Quest 2, o que facilita reparos e reaproveitamento de peças. Aqui estão os principais pontos revelados na desmontagem:
Lentes, Display e Mecanismo IPD: O Quest 3S utiliza os mesmos componentes de lentes, display LCD e mecanismo de ajuste de distância interpupilar (IPD) encontrados no Quest 2. Isso significa que peças de Quest 2 descontinuados podem ser utilizadas para reparar o Quest 3S, o que é uma vantagem para a reparabilidade.
Layout de Pixels Diferente: Embora os displays sejam tecnicamente os mesmos, Mokhtari descobriu, ao inspecionar com um microscópio, que o layout de pixels do Quest 3S é diferente do Quest 2. Isso pode indicar uma melhoria sutil na qualidade da imagem.
Ausência do Sensor de Proximidade: Outro detalhe notado foi a remoção do sensor de proximidade presente no Quest 2. Mokhtari especula que isso pode ter sido feito devido ao risco de curto-circuito causado pela umidade, aumentando a durabilidade do dispositivo.
Design dos Alto-falantes e Conexão Jack: O design dos alto-falantes foi mantido do Quest 3, mas a entrada de fone de ouvido (jack) foi removida, seguindo a tendência de eliminar cabos em favor de soluções de áudio sem fio.
Bateria Maior: A bateria do Quest 3S tem uma capacidade 22% maior (17,06 Wh) em comparação com a bateria do Quest 2 (14 Wh), o que deve resultar em uma maior autonomia. No entanto, embora o tamanho físico das baterias seja o mesmo, os plugs são diferentes, o que impede a troca entre dispositivos.
Reparabilidade e Sustentabilidade:
Segundo Mokhtari, o Quest 3S é mais fácil de desmontar do que o Quest 2, graças ao uso de menos peças e conectores, o que é uma melhoria em termos de reparabilidade. No entanto, ele ressalta que o dispositivo ainda é relativamente complexo para reparos, exigindo um certo nível de habilidade técnica.
A reutilização de peças do Quest 2 no Quest 3S pode ser vista como uma vantagem, especialmente em termos de sustentabilidade, já que ajuda a reduzir a pegada de carbono ao aproveitar componentes já existentes. Contudo, Mokhtari acredita que a principal motivação da Meta provavelmente foi a redução de custos. O Quest 3S é oferecido a um preço 20% mais baixo que o Quest 2, ajustado pela inflação, enquanto oferece mais desempenho e novos recursos, como a realidade mista.
O Meta Quest 3S se apresenta como uma atualização significativa do Quest 2, trazendo melhor desempenho e novos recursos. A reutilização de peças do modelo anterior facilita os reparos e potencialmente contribui para uma redução de impacto ambiental. No entanto, como observado por Mokhtari, essa decisão parece ter sido mais motivada por razões financeiras do que por um compromisso com a sustentabilidade.
O Quest 3S é uma boa opção para quem busca um dispositivo mais acessível, sem sacrificar desempenho, mas os desafios de reparabilidade e a falta de componentes totalmente novos levantam questões sobre o verdadeiro avanço tecnológico entre as gerações de headsets VR da Meta.
Você acha que a reutilização de componentes do Quest 2 no Quest 3S é uma escolha sustentável ou apenas uma forma de cortar custos?
#MetaQuest3S #Reparabilidade #RealidadeVirtual #iFixit #Quest3S #Desmontagem #TecnologiaVR #MetaQuest #RealidadeMista #Sustentabilidade