A Meta acaba de liberar uma das atualizações mais aguardadas por desenvolvedores XR: agora é possível publicar publicamente aplicativos que utilizam acesso direto às câmeras dos headsets Quest 3 e 3S. Anteriormente restrita a testes privados, a API Passthrough Camera agora permite criar experiências que escaneiam o ambiente real com maior precisão e complexidade, desbloqueando novos tipos de realidade mista no ecossistema Quest.

Essa mudança representa um salto significativo em termos de liberdade criativa e técnica, permitindo a integração de visão computacional para rastreamento de objetos, pessoas e construção de mapas ambientais. A Meta, que historicamente impôs restrições por questões de privacidade, finalmente concede aos desenvolvedores acesso às câmeras frontais — com diretrizes rígidas sobre uso de dados.
Para usuários, isso significa experiências mais imersivas e personalizadas. Para criadores, uma porta aberta para aplicações que antes só eram possíveis em smartphones ou headsets corporativos.
Por anos, os headsets Meta Quest usaram câmeras integradas apenas para rastreamento posicional e passthrough controlado pelo sistema. Com a liberação da API Passthrough Camera, essa dinâmica muda: desenvolvedores agora têm permissão oficial para publicar aplicativos que acessam diretamente as câmeras, algo inédito até esta semana.
Com isso, torna-se possível aplicar técnicas de visão computacional em realidade mista — rastreamento de mãos, objetos, pessoas, detecção de superfícies ou até escaneamento ambiental para interações físicas mais naturais. Embora smartphones já ofereçam esse tipo de capacidade há anos, os headsets da Meta eram limitados, principalmente por preocupações com privacidade e uso indevido de dados sensíveis.
Agora, a Meta detalhou as capacidades técnicas disponíveis:
Latência de imagem: 40–60 ms
Resolução máxima: 1280 x 960
Taxa de atualização: 30 Hz
Formato: YUV420
Sobrecarga de memória: ~45 MB
Sobrecarga de GPU: ~1–2% por câmera
Aplicativos com esse tipo de acesso precisam seguir regras claras: nada de vigilância, nem identificação exclusiva de usuários. Ainda assim, a liberação promete acelerar a próxima geração de apps interativos em VR/MR no Quest.
A liberação do acesso direto às câmeras do Quest levanta preocupações com privacidade. Apesar de diretrizes rígidas, há quem questione se a Meta conseguirá fiscalizar todos os desenvolvedores.
Você é desenvolvedor XR? Agora é sua chance de criar experiências de realidade mista reais com a nova API de câmera do Quest. O acesso está liberado para publicação na Horizon Store.
Com acesso direto às câmeras do Quest, que tipo de aplicativo de realidade mista você criaria?
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